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sexta-feira, 15 de julho de 2016

MAIS UM NA FRANÇA







                           



          O atentado terrorista de 14 de julho em Nice,  no dizer de um jornal novaiorquino foi + um. Sim, com certeza quis dizer, embora de maneira velada ou cifrada, que atentados terroristas vão acontecer por longo tempo.
              Sim, porque enquanto as autoridades, para enganar a população, continuarem a dizer que o terrorismo é obra de malucos, fanáticos ou ideólogos de todo tipo, e não enxergarem sua verdadeira causa, este fenômeno vai continuar.
               Vive-se o tempo do rei Édipo. Vendo seu povo devastado pela peste, envia Creonte, seu cunhado,  ao templo de Apolo em Delfos. Saber a razão daquela praga e forma de combatê-la; A resposta é:  A causa da peste está dentro do próprio reino, e só seria debelada com a purificação pela punição do assassino do rei Laio, seu antecessor.
                   Nesta busca, descobre Édipo que o assassino é ele  próprio, o  poder, eis que  matara Laio, seu pai, e casara com a rainha Jocasta, sua mãe.
                   Assim, a origem do terrorismo, que não é novo, e sempre existiu, está dentro do próprio esquema de poder: Menos de 10% (dez por cento) da população do mundo exerce, com mão de ferro, o poder e o resto, 90% (Noventa por cento) se limita a obedecer como carneiros a caminho do matadouro.
                   E claro que existem os que se rebelam contra este estado de coisas, e não tendo outra forma de luta, que não o terror, apelam para ele.
                  Se querem realmente combater o terror, comecem dentro de casa, mas os que mandam não querem explicar à população as reais causas do terrorismo. E não o fazem porque nunca são atingidos com atos de terrorismo. Estão bem protegidos em seus palácios, há todo um aparato civil-militar, pago com os impostos do contribuinte para protegê-los e o zé povinho é quem sofre as consequências do terrorismo.
                    Quando Jesus Barrabás, terrorista que lutava contra o Império Romano, atacava o império, não atacava seus dirigentes, bem protegidos, atacava por sedícias (sinônimo de terrorismo) os reles soldados, o coletor de imposto, enfim os pequenos funcionários do império.  
                  Buscar as verdadeiras causas do terrorismo incomoda os poderosos porque a população vai saber que as causas estão neles.
                    A redistribuição de renda, repensar o esquema de poder, de forma a  proibir as eternizações no poder, permitindo a todos o exercício do poder em algum tempo de suas vidas são duas, não únicas, formas de diminuir os atentados ao poder, porque o terrorismo nada mais é do que um atentado ao poder.
                     A guerra ao terrorismo, nunca foi, não é e nunca será a forma correta de se combater o terrorismo, que em última análise é uma forma de luta como qualquer outra, nem mais, nem menos terrível que qualquer uma guerra.
                       Não seria o caso de se fazer uma estatística para se comparar quem mata mais, se a guerra, se o terror? 
                        Em suma nem o terror, nem a guerra é justa. Nem uma, nem o outro é certo. Bom mesmo é paz, a guerra só beneficia alguns, como os produtores de armas, de alimentos, de fardamentos, etc.
         



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